Em Não existe revolução infeliz: por um comunismo destituinte" Marcello Tarì desafia o status quo ao repensar radicalmente a tradição dos movimentos revolucionários em meio à crise civilizacional que assola o mundo contemporâneo. Para isso, o autor revisita momentos cruciais, desde a Revolução de Outubro até os movimentos sociais mais recentes, como a insurreição argentina de 2001 e o Occupy Wall Street, e como eles identifica uma urgência criativa e disruptiva que permeia nossa era.
Ao adotar uma abordagem teórica fragmentária, que remonta de Walter Benjamin a Giorgio Agamben, o autor destaca o potencial de um poder destituinte, cujo lema proclama: "Chamamos comunismo o movimento real que derruba o estado atual das coisas". Nesse contexto, Tarì investiga os vínculos entre a guerra civil e o amor, a arquitetura bolchevique dos anos 1920 e a espiritualidade militante, os desenvolvimentos revolucionários e a vida cotidiana, oferecendo uma visão multifacetada da busca pela felicidade em meio à atual ausência de esperança.
Não existe revolução infeliz é uma provocação intelectual e uma chamada à ação, que desafia os leitores a repensar o comunismo não como uma utopia distante, mas como um movimento real e tangível capaz de transformar o presente. Com uma mistura única de sofisticação e urgência, Tarì convida-nos a considerar o que significa viver em uma época marcada pela incerteza e pela possibilidade de mudança radical.