Esta obra teve como objetivo investigar como ocorre o processo de identificação das necessidades educacionais especiais de estudantes com Deficiência Intelectual (DI) encaminhados ao Atendimento Educacional Especializado (AEE). Para tanto realizamos pesquisa de campo, que se deu através de entrevista semiestruturada, questionário sociodemográfico e técnica do grupo focal. Participaram da pesquisa dez professoras que realizam atendimento educacional especializado em Salas de Recursos Multifuncionais (SRM) de dois munícipios de Rondônia. Para refletir sobre as questões elencadas nessa pesquisa, recorremos à Psicologia Histórico-Cultural (PHC). Os dados foram analisados a partir da técnica de triangulação de dados e da técnica da análise de conteúdo. Constatamos, por meio da análise das entrevistas, que houve o predomínio do modelo médico e/ou social para explicar o conceito de DI. Tal fato coaduna para ações pedagógicas fragmentadas tanto no que se refere ao processo de identificação das necessidades quanto ao atendimento às necessidades requeridas pelo estudante com DI. As professoras participantes da pesquisa parecem conscientes das fragilidades existentes nos aspectos que envolvem o atendimento ao aluno com DI e almejam que as propostas de formação forneçam estratégias tanto para identificar as necessidades dos estudantes quanto para subsidiar a prática pedagógica na Sala de Recursos Multifuncionais. De um modo geral, os subsídios teórico-metodológicos que orientam a prática da identificação das necessidades educacionais especiais do estudante com DI apresentam hiatos entre os materiais de formação, os documentos legais e a prática docente.