Um aspirante a escritor encontra-se com um sujeito misterioso que se diz responsável pela criação da frase de abertura de romances de autores como Albert Camus, Franz Kafka, H. G. Wells, Herman Melville e Thomas Mann. Enquanto o aspirante a escritor espera ganhar uma frase do homem misterioso, que prometeu levá-lo à glória literária, uma verdadeira revolução literária se põe em marcha. É possível à tecnologia traduzir sentimentos em palavras? Será que as máquinas conseguirão impor-se sobre a vida, a morte e o além, sem se deixar tocar pela banalidade do cotidiano? Em O Negociante de Inícios de Romance, Matei Visniec mostra todos o o seu engenho e versatilidade. Seu universo onírico e absurdo é agora apresentado num romance caleidoscópico escrito com graça e erudição.
Alexandre Kojève foi o criador do conceito do ""fim da história"", tal como preconizado pelo americano Francis Fukuyama logo após a Queda do Muro de Berlim em 1989. Kojève concebeu esse conceito a partir da dialética do senhor e do servo, de Hegel, onde todos os conflitos políticos terminariam depois que o ser humano atingisse um estágio de plena consciência. Em contraste com este último, porém, Kojève previa a necessidade de um Estado após o fim da história, e no contexto marxista esse Estado seria responsável pela administração das coisas Dada a plena satisfação de seus cidadãos, o advento desse Estado Universal e Homogêneo implicaria no fim da política como forma de manifestação dos anseios e das necessidades humanas.