De: R$ 0,00Por: R$ 45,00ou X de
Preço a vista: R$ 45,00
Calcule o frete:
Para envios internacionais, simule o frete no carrinho de compras.
Calcule o valor do frete e prazo de entrega para a sua região
Sinopse
“Gente que dá nó em pingo d’água
Se o calo aperta no embalo se liberta
E na adversidade encontra diretriz.”
Entre dicotomias que fundamentam o pensamento moderno liberal, encontramos o binarismo vida/morte. Uma polaridade que parece uma simples autoafirmação da realidade, mas que esconde uma divisão assimétrica entre os dois termos. Uma hierarquia violenta, que se desdobra em tantas outras. Enquanto vida é percebida como a origem, a morte é temida, sinônimo de cinzas e de finitude humana. Trata-se de certa lógica vitalista que concebe o sujeito a partir de uma matéria orgânica que triunfa sobre a morte. No entanto, se pensássemos que não só existem diversas maneiras de morrer e de viver, mas, para além deste esquema, deixássemos transbordar distintas formas de se pensar, de se experimentar e de se fazer ‘o viver e o morrer’? Se trouxéssemos os rastros de histórias, de memória, de culturas, de narrativas, de corpos e de escritas que colocam em xeque o próprio maniqueísmo de tal divisão? Derrida, em Sobreviver/Diário de Borda, argumenta que há um intervalo entre essas polaridades, que continua, persiste, luta, dura e está além do viver e do morrer: a sobrevivência.
Nas palavras do próprio filósofo: “o sobreviver transborda, ao mesmo tempo, o viver e o morrer, suplementando-os, um e outro, como um sobressalto e um certo alívio temporário, parando a morte e a vida ao mesmo tempo”. Assim, pensando além de qualquer posição dicotômica, a sobrevivência é um termo-chave que nos permite ampliar nossos espaços de fala e de escuta, bem como trazer à tona reflexões sobre as estratégias, as frestas e as fraturas que os sujeitos subalternizados encontram para persistir e desenhar a suas próprias histórias, memórias e trajetórias.
Muito próximos dessas formulações teóricas, MC Raphael Calazans, nascido e criado no bairro do Complexo do Alemão, destaca que a cultura da favela é uma cultura de sobrevivência. É o difícil cotidiano das ruas, dos becos e das vielas das favelas que se torna produtor de sentidos e valores - uma matéria-prima para a imaginação e a criatividade. Ainda segundo o MC, essa cultura da favela é o que ela tem de mais importante: uma estratégia que as pessoas encontraram de “construir a vida a partir daquilo que nega a própria vida”.
Ficha Técnica
Especificações
ISBN | 9788565679930 |
---|---|
Subtítulo | SOBREVIVÊNCIA, CULTURA E LINGUAGEM |
Pré venda | Não |
Organizador para link | FACINA ADRIANA,LOPES ADRIANA C.,SILVA DANIEL N. |
Peso | 370g |
Livro disponível - pronta entrega | Sim |
Dimensões | 23 x 16 x 1 |
Idioma | Português |
Tipo item | Livro Nacional |
Número de páginas | 336 |
Número da edição | 1ª EDIÇÃO - 2019 |
Código Interno | 895155 |
Código de barras | 9788565679930 |
Acabamento | BROCHURA |
Editora | INSULAR |
Sob encomenda | Não |
Organizador | FACINA, ADRIANA | LOPES, ADRIANA C. | SILVA, DANIEL N. |