Prefácio: A Poesia Douta de Milton Torres – Leopoldo Bernucci
Portugueses
Hispania
o tempo e a Lusitânia
Mediterráneo, aguas de paradoja
ao fim das terras depus teus ossos
de los altos de Finisterra
o sino de Compostela
I adelante adelante!
Sevilla
Setóbriga, o teu esqueleto aquático
da memória
do falcoeiro del-Rey
sobre a álea do poder conjecturava elrrey Eduarte
quem bem negaceia a caça bem rege o reino
retrato do infante quando jovem
“emtom deu huuma gram tirada pelLa pomta
da collcha das carnes
mas coitada de mim, menina e moça
também da condição da mulher
ainda da condição da mulher
da mulher
do império
questão a Lactâncio
agulha de marear
eu, Abraham bar Samuel bar Abraham
Infante-Santo
ha gram falleçimento de trigo
rôtas há tanto tempo
quem a Quíloa chegar
empresa marítima
escreve, escriba, que caiba
encoberto descoberto
achei Achém (achegas) ou os benefícios marginais
visão de Afonso de Albuquerque
signo das águas
Arquipélago do Maluco
o dente de Buda (trazido a Goa)
e não se ladrilha o chão
golden Goa
com lastro (e uma pouca de cousas) partem as naus
Mombaça
mini-max colonialism
matriz das ilhas de maldito mar (encarte após a página)
do pensar e do fazer
Dom Sebastião e o Christiani Pueri Institutio
scholion
da sapiência pré-experimental ou a universidade antiga
Évora
Universidade de Évora
má alimentação
vaga a coroa lusitana
da antiga ordem
fidelíssimo tem-me o Papa
democrácio, oh pancrácio
Pombal
a outra face do iluminismo
Viradeira virou virado
tudo perdi!, portulano da vã aventura
Novo Mundo
a cova. entramos, e a tralha
Quetzalcoatl
Chilám
podrido el ojo del maíz
América
mita
a leste das serras de Quito
– os páramos, de Deus distantes?!
Carlos V
hormiga, no es tu casa
iconografia latino-americana
Bolivia-Perú
fala do Paraguai
don’t cry for me, Argentina
a la cordillera desnuda miran los cóndores
el Poder es hipócrita
a Sehón, rey de los amorreos
à Byzance
tétrarches / peuple
Europa semper
with atomistic theories confronted
donde los paquidermos habitan
– time
engenharia genética
in the dark
no alheio tecido intestinal
oh helmet mine
to fight
self-service
donors and patrons
chiropractic
inherit the prairie
el mango o América mala
us border
the brave shall proceed
banana republics
o noviciado de New Covenant
poemas brasileiros
clivagem
santo de roca
por el Recóncavo caña y tabaco se tocan
sou Schömberg, o indistinto, afora o pedrouço do nome
Sete Povos
por las praderas dei Cielo cabalga Tiaraju
acende o sol
Goyaz los ríos tiene encajados, Mato Grueso boquerones
Alcântara
mal das bexigas
anos passados
madrigal a uma negra
d’ouro
tuas águas
rococo
de mão pesada
a Frei Caneca
Pedro, o primeiro
Pedro, tão pálido
do tempo na apertada fivela
café do Paraíba
café cortês
tempo de Mauá
Joaquina do Pompéu dona mui façanhuda
ciclo da borracha
res publica
capitólio
Brasil – 70
há pesos e medidas falsos
casta guerreira
litores e questores
os cães cara a cara, ou o cão no espelho
el lenga-lenga de los dioses su voz meliflua
relógio d’água
mulher que não pensa
ofício do arúspice ou arauto da área econômica
Águas-Emendadas
pimienta (en grano) y maíz, todo lo que consume
o cão predominante o chefe da matilha
a leveza da mão
idade de ferro
elephants’ cemetery
for Chicago – Chicago schooling
oscura sigue la noche
lição de todos
a morte anônima
o caranguejo revira o outro
partida de perto
o desapossado come e defeca
mercado de trabalho
o grão mirrado longe um do outro
homem de aluguel
sobrevivência
a bota geometriza o chão a cada passo
tato plantal
quadras do Sul
arrenegado
Sur
Dona Maria
hidrologia
e o rabo-de-palha roçava pelo ar
poemas do Rio
Rio de Janeiro – 1900
highway no centro do Rio
perícia
São João Batista
o primeiro cemitério vertical
o chão cinza
Rio
funk crak estupro
se avexava o morro do ser aí
Cinelândia, andando em torno
Copacabana
Posfácio: História e Estória em Milton Torres – Ivan Teixeira