NO MESMO BARCO

A expatriação de funcionários para uma missão corporativa internacional por dois a três anos pode ser prolongada se houver acordo entre as partes envolvendo novas negociações e reorganização conjugal no caso de expatriações com cônjuges acompanhantes. Este estudo qualitativo descritivo de abordagem sistêmica tornado agora livro buscou compreender o processo psicológico subjacente à expatriação, quando esta se torna em aberto, considerando-a um projeto familiar. Investigou, por meio de entrevistas presenciais individuais, seis expatriados brasileiros e suas respectivas esposas acompanhantes em localidades do Continente Europeu. Os resultados mostraram que dificuldades enfrentadas na adaptação cultural produziram transformações individuais e conjugais, favorecendo o fortalecimento do casal, independente da falta de clareza na política organizacional de expatriação. Variáveis pessoais, ambientais, institucionais, rede pessoal e relação conjugal foram fundamentais do início da adaptação ao momento em que o processo de expatriação se tornou em aberto, cuja decisão de permanecer e até quando priorizou projetos que se tornaram conjugais e familiares ao longo da missão.