É uma novela gráfica que homenageia a trajetória humana e a temática de um pioneiro da ilustração literária em nosso país, o xilogravador Oswaldo Goeldi. Este veio para o Brasil quando era criança, com seus pais. O pai foi o naturalista (era assim, na virada do Século XIX para o XX, que se designavam estudiosos dedicados à natureza, precursores de biólogos, zoólogos, botânicos...). Emilio Goeldi, que hoje dá nome a um museu científico em Belém do Pará, o qual não cuida só da memória dele, mas da continuidade da pesquisa científica... A família se mudou para o Brasil fugindo da I Grande Guerra, e aqui o cientista trabalhou de tal modo que mais tarde pode mandar o filho estudar no exterior. Disso resultou, entre outras coisas, que Oswaldo sempre foi estrangeiro, onde estivesse. E viu o seu novo país com um penetrante olhar que sabia onde desenterrar fantasmas... A NOITE ROMPIDA viaja em cima da sua jornada onírica pela cidade do Rio de Janeiro, na época a capital de um país que, como se sabe, não é para principiantes. A caminhada de nosso nômade, recém-chegado artista/personagem, ilustra os principais tópicos da obra de Goeldi, que era um agudo observador, e ficou fascinado com o Brasil. Aqui se estabeleceu como pioneiro da xilogravura, e ainda hoje sua influência é formadora. Hélio Jesuíno (arte) e Carlos Patati (roteiro), os realizadores da graphic novel, quando a fizeram, acharam que era um bom jeito de saudar esse pioneiro!