NUM BURACO NEGRO DE TINTA

Escrevo boa parte do livro sobre sentimentos que acabaram chegando até mim durante esse período de isolamento social e pandemia, sobre como me afetou como ser humano sensível estar longe daqueles que amo. Trago recortes de poemas antigos que salientam a melancolia do dia a dia, mas principalmente sobre ausências que se expandiram durante esse momento. Meu livro fala sobre a solidão, fala sobre amor e paixão, desilusões e histórias sobre um mundo imaginário da mente humana. Fala sobre encontros de eu-líricos que sempre estiveram dentro de mim e que se alinham quando falam em poesia. Escrevo sobre o tempo, sobre a lua e o vento, sobre natureza e flores, sobre alma e sobre mim mesmo. Às vezes histórias, às vezes realidades, às vezes monotonia e às vezes cores, mas sempre visões de um mundo incerto e, às vezes, cruel, porém puro e cheio de palavras únicas.