Neste livro o autor inverte o papel do antropólogo, agora necessário ao entendimento da cultura do homem branco, para que a vida e costumes dos índios fossem respeitados e preservados não só pela questão cultural, mas também pela questão legal, traçando um paralelo entre fatos históricos, livros e questões tidas como fundamentais na formação do homem e suas convicções, como o criacionismo e o evolucionismo, demonstrando o quanto a cultura indígena é rica e admirável. O Antropólogo mistura em suas páginas ficção, datas, acontecimentos históricos e visão antropológica do índio em relação à sociedade dos brancos. Tudo vivido por Akangatú (inteligente, boa memória), indicado pelo pajé para conhecer costumes, cultura e leis; quando as questões do coração o auxiliam em sua empreitada: “Era o peso do mundo, de repente em suas costas. Mas não era o mundo dos problemas, das tristezas e solidões, ao contrário disso, era o pesado mundo da felicidade, tão pesado e impossível de carregar, que só conseguiria levá-lo nas costas por alguns raros instantes na vida. Em sua juventude, era a primeira grande lição que aprendia”, sempre vivendo com sensibilidade permeando o melhor dos dois mundos, aceitando de forma corajosa o inevitável da vida por força do destino.