Médico, psicólogo, professor e historiador, o sergipano Manoel Bomfim (1868-1932) foi, para o ensaísta Roberto Ventura, “precursor de sociólogos e historiadores como Gilberto Freyre, Sérgio Buarque de Holanda e Caio Prado Jr. (...). Todos deram ênfase aos fatores sociais e culturais, e não mais étnicos ou climáticos, na interpretação da história e da sociedade”. Dele a Topbooks publicou outras obras importantes – O Brasil Nação (1996), O Brasil na América (1997) e A América Latina: males de origem (2005); todas passaram décadas fora das livrarias, assim como este O Brasil na história, esgotado há 83 anos, e que só agora ganha segunda edição, com prefácio de Ronaldo Conde Aguiar, autor de O rebelde esquecido: tempo, vida e obra de Manoel Bomfim (Topbooks, 2000). Segundo ele, “Bomfim substituiu o desespero de Euclides da Cunha e a amargura de Sílvio Romero pela esperança de ver o Brasil livre, educado e desenvolvido. Talvez por isso seu nome, como o de tantas figuras que procurou reabilitar em O Brasil na história, tenha sido riscado da história brasileira oficial”. Na apresentação, a historiadora Mary del Priore ressalta que, “em tempos de revisões historiográficas, em que tantos se perguntam sobre as condições de produção da história, é hora de ler Manoel Bomfim, e de fazê-lo com respeito e atenção”. Em parceria com a Editora PUC Minas.