O livro tem como objetivo analisar as atribuições históricas e geográficas do Colégio Estadual Mário de Andrade (Cema) entre 1964 e 1982, articuladas as transformações nacionais e locais. Buscamos saber qual era o papel da instituição naquele contexto; quais eram as bases do ensino de geografia; e quais eram as condições de trabalho dos docentes dessa disciplina. Naqueles 18 anos, o Cema contribuiu com várias modalidades de ensino ofertadas aos adolescentes e jovens da região. O recorte corresponde ao período de criação e consolidação dessa instituição pública de ensino. Nessa trajetória/processo, foi relevante a participação da comunidade, de lideranças locais, do poder público e das Irmãs Escolares de Nossa Senhora. Nossa análise segue uma perspectiva dialética a partir da seguinte metodologia: a) análise de fontes primárias como: leis, decretos, documentos, resoluções, revistas da época, fotografias entre outros; b) análise de fontes bibliográficas, como: artigos, livros, teses, dissertações que versaram sobre a temática; e c) entrevistas com ex-diretores, alunos, professores, pessoas da sociedade que passaram pela instituição. O Cema foi por um determinado tempo a única instituição a ofertar o ensino secundário e profissionalizante no município e região. Uma parte significativa de profissionais liberais, entre eles: advogados, contadores, administradores, engenheiros, médicos, professores e empresários do município e da região, tiveram suas histórias marcadas pela passagem por essa instituição. Ao ofertar o ensino em seus diferentes níveis, oportunizou acesso ao conhecimento geográfico, cumprindo, na medida do possível, sua função social e educacional, promovendo a formação profissional e cidadã da juventude regional.