Pretende-se colocar em diálogo alguns conceitos propostos por curadorias em parceria com programas educativos da Fundação Bienal de São Paulo, sobretudo nas 24ª e 33ª edições da Bienal. Enquanto as propostas adotadas na 24ª Bienal estão mais diretamente relacionadas ao ensino da arte, tendo sido elaboradas com finalidades educativas, as desenvolvidas para a 33ª Bienal centram-se numa proposta desvinculada do ensino da arte, dirigida, ao invés disso, a exercícios de atenção frente a um objeto de arte qualquer. O único aspecto voltado ao ensino nessa edição relaciona-se a uma revisão histórica que problematiza as relações étnico-raciais no Brasil. Há uma retomada das heranças históricas dos museus e a influência dos contextos políticos. E por fim, o que vem a ser o corpo político e reconsiderar outros modos de agir em arte, desarticular os fundamentos que reencenam a representação e a interpretação tão disseminada nos contextos de arte e educação. O intuito do texto é problematizar estruturas fixas, identificando seus modelos, e apresentar referências que localizam contingências em um contexto específico – histórico, político ou próprio do campo da arte –, trazendo uma margem possível para o aprendizado institucional e a revisão de modelos reiterados.