...não é um romance, ele não tem happy end!
Ele não é um conto de fadas, nele há contos de uma vida real que ainda pulsa... (“o pulso ainda pulsa”, Titãs)!
Ele é o dia a dia de um poeta estrangeiro num mundo ainda indesejável por muitos, embora esses muitos queiram viver mais e mais sem perder a passageira juventude... Eu, que vi a “cara da morte” no contato com esses velhinhos, vi que isso não é possível!
Em O CUIDADOR DE VELHINHOS ALEMÃES me desnudei de vaidades e quero compartilhar com vocês essa experiência, que está ao alcance dos estrangeiros na Alemanha por falta de mão de obra para cuidar dos mais de 2,5 milhões de idosos que necessitam de cuidados. Para suprir essa carência o governo alemão tem financiado cursos de formação com ajuda de custos. Foi nessa que entrei e me deparei com um mundo diferente do que eu imaginava, que eu ignorava e do qual até tinha medo!
Passado o medo, e depois de aprender até mesmo como abordar um idoso, seja com demência, com insuficiência respiratória ou outra doença em estado avançado, vi que o mundo em que estou agora é um desafio gratificante, com o qual aprendi um pouco o sentido da vida quando se está velho, abandonado e enfermo, sempre à espera de um cuidador quando o dia amanhece; um dia que se parece com o dia anterior, no qual nos parecemos cada vez menos com nós mesmos.