"A leitura dos contos de “O declamador” comprovam a sua vocação literária. Iniciei pela manhã o convidativo encontro com “Numa tarde de verão” e não consegui deixar o texto, até – a contragosto – encerrar meu banquete com “O declamador”. A contragosto, porque é um livro que o leitor não quer que chegue ao fim. Hauri sensações e emoções insólitas e admito ser outra pessoa, após me encontrar com os personagens desse instigante roteiro. Parecia ouvir a voz vibrante de Milton Nobre a enfatizar os pontos altos – e são muitos – dos vinte exemplares significativos do melhor apuro na arte de contar estórias."
"Enterneci-me com “Os meninos, o fio e os brinquedos”, mensagem de extrema valia para nossos netos, com o “Desencontro”, com tantas outras páginas verdadeiras, porque as criaturas, afinal, continuam ansiosas por encontrar o porto seguro de um amor definitivo. 12 A multiplicidade de tons com que o autor coloriu sua produção abriu espaço para o humor. “João, o embaralhado”, “A sorte é que deu macaco” e “O declamador” são dignos de antologia das mais pitorescas e bizarras descrições daquilo que acontece em nossa peregrinação pelo planeta."
José Renato Nalini
Presidente da Academia Paulista de Letras