Ernesto Che Guevara e Donald Woods Winnicott, com suas presenças marcantes no século XX, deixaram legados de extraordinária importância para o presente e para o futuro. Ao descrever em seu texto um encontro não registrado pela história, o psicanalista Sérgio A.Belmont mostra que é no amor e no respeito pelo outro, marca de Winnicott e também de Guevara, que as transformações podem fazer-se.Che dizia ser preferível destruir ideias com argumentos a fazê-lo pela força e Winnicott acreditava que o sujeito deveria crescer e mudar apartir da confiança e não da submissão. O cruzamento das suas histórias e de muitos dos seus conceitos, em um momento fundamental da vida de Guevara, representa o encontro com o que de melhor o homem sonhou ao longo do tempo. Os exemplos de Winnicott e de Guevara, com sua radical visão humanista como centro de irradiação de suas compreensões teóricas e de suas práticas de vida, adquirem dramática importância neste exato instante. A falta de capacidade de governos e grupos de enxergar o outro como participante do mesmo destino humano, com iguais direitos à vida e à expressão de suas ideias, crenças e ideais, está colocando o mundo, mais uma vez, à beira do caos.Este texto oferece a oportunidade de que o leitor possa encontrar ou reencontrar a esperança e algumas ideias para a construção de um mundo melhor.