Quantas “Tatis” existem mundo afora? Com certeza, milhares. A impagável personagem criada pela escritora e atriz Heloísa Périssé para o teatro e que se transformou num quadro de sucesso do programa Fantástico da TV Globo vem conquistando uma legião de fãs. Não só de adolescentes, mas também de muitos adultos que convivem e desejam entender melhor esses seres em transformação - como pais, parentes e professores. Em “O diário de Tati”, o leitor poderá curtir, numa boa, paixões, medos, alegrias e desilusões desta adolescente rebelde e divertidissíma. “Mas fala sério, tem coisa aqui que você não vai poder contar nem pra sua mãe, tudo bem?” A vida de Tati é um festival de perguntas sem respostas: Por que sou obrigada a fazer tudo que não gosto? Por que tenho que acordar com despertador? Por que não posso comer tudo o quero sem ficar enorme de gorda? Por que tenho que ter espinhas? Por que tenho que passar pela adolescência? Para aguentar tanta pressão, só mesmo contando tudo para alguém confiável que não vá depois detonar você com a galera. Para resolver esse problema a Tati decidiu escrever um diário. Um superamigo caladão, fiel, em quem ela pode confiar sem medo de que seus segredos sejam revelados. O Di - o apelido “superfofo” que ela inventou - é o seu diário secretíssimo onde ela conta tudo. Da sua paixão pelo Zeca até o mico do acampamento com a turma da escola. Como ela mesma diz: “Cara, fala sério. Tem horas que minha cabeça sequela. É pai sem dinheiro. Mãe com dor-de-cotovelo. E o gatinho do Zeca que não me dá a mínima. Tipo assim, a vida é feita de muitos obstáculos.” Heloísa Périssé faz em “O diário de Tati” um retrato divertido e terno do adolescente de classe-média do século XXI que, em sua inquietante busca de identidade e de aceitação, precisa estar antenado e cumprir uma série de códigos rígidos, tolos e absurdamente hilários de convivência.