Parece estranho que um continente inteiro, uma nação que dominou o mundo durante séculos, tenha se tornado quase um mito na memória dos homens. Se considerarmos a forma radical como a Atlântida foi varrida da face do planeta – a última ilha atlante desapareceu subitamente no oceano em 9.564 antes de Cristo –, podemos até entender por que os milênios se passaram e a humanidade conservou apenas uma lembrança esmaecida do terrível cataclismo, e foi olvidando a própria existência da raça poderosa e altamente civilizada que fora a soberana do mundo. Mas o depoimento insuspeito de Platão permitiu que sua memória permanecesse, para hoje ser amplamente pesquisada.
Esta obra do coronel Braghine busca uma reconstituição da realidade da Atlântida fundamentada exclusivamente em fatos precisos. Analisa as evidências robustas da sismologia, da batimetria e da biologia, que apontam para a existência, outrora, do continente que ocupava o centro do Oceano Atlântico. E, sobretudo, analisa evidências sobre todas as culturas onde se acham as pegadas dos atlantes: bascos, fenícios, povos indígenas americanos, etruscos e pelasgos, gauleses e celtas, egípcios, semitas, maias...
A identidade que se encontra na arquitetura, nas artes, nas línguas e nos mitos dos povos da Europa e da América, que foram colônias atlantes ou descendentes daquele povo, permite afirmar: a Atlântida foi sua origem comum.
O Enigma da Atlântida, que há décadas ocupa um lugar de destaque na atlantologia, retorna para trazer uma inestimável contribuição ao fascinante estudo do continente perdido. É obra indispensável a quantos se interessem por este capítulo extraordinário da história oculta da humanidade.