O livro relata o período em que Hans Curt Meyer-Clason viveu no Brasil, antes de se tornar o célebre tradutor que introduziu a literatura brasileira na Alemanha. Ele morou em Porto Alegre entre 1940 e 1942, quando foi preso pela Polícia gaúcha acusado de ser espião nazista – algo que nunca admitiu. Permaneceu detido por cinco anos na Ilha Grande, no Rio de Janeiro. Palavras do próprio Clason: Foi ali que conheci meu grande professor de vida, o poeta e barão alemão Gerd von Rhein. Ele tinha sido preso pela Gestapo e depois deixou a Alemanha com seu parceiro (...). Por intermédio dele, conheci toda a literatura de Homero a Sartre. (…) Não fosse a prisão, eu seria um empresário, não um escritor e tradutor.O escritor Rafael Guimaraens pesquisou em relatórios policiais, processos judiciais, revistas e jornais da época, cartas e documentos do próprio Meyer-Clason para contar uma história de paixões, mistérios e descobertas, na qual a literatura emerge como grande fator de transformação do ser humano. Jornalista e escritor, nascido em Porto Alegre (1956), é autor de 16 livros, cuja narrativa encontra, nos fatos históricos, motivação para tratar de temas atuais. Alguns de seus títulos:Pôrto Alegre – Agôsto 61 Tragédia da Rua da Praia Teatro de Arena – Palco de resistência A enchente de 41 Unidos pela liberdade! A dama da lagoa O sargento, o marechal e o faquir20 relatos insólitos de Porto AlegreFim da linha – O crime do bondeTrecho do livro:“Leia como se estivesse saboreando um fruto doce. Roce as palavras com a língua, deixe que elas lhe invadam a mente e se imponham. Embriague-se delas. Cultive as frases, releia aquela que o instiga, uma, duas, dez vezes até domesticá-la ou até que ela o domine. Deixe-se seduzir. Imagine sua mente como um caldeirão, e as palavras como os ingredientes que darão sabor a sua vida.”