David Horowitz relata em O filho Radical: a odisseia de uma geração sua peregrinação política desde os radicais anos 1960 até os primeiros anos da década de 1990 — e os amigos e inimigos que fez pelo caminho. Sob um privilegiado ponto de vista, no centro da ação, Horowitz preencheu sua autobiografia com vívidos retratos de personagens que atuaram na cena radical da época. Encontramos Bertrand Russell, filósofo mundialmente famoso e fundador do Tribunal Internacional dos Crimes de Guerra, instituição responsável por investigar ações criminosas cometidas na Guerra do Vietnã; Tom Hayden, um radical que promoveu guerrilhas, casou-se com uma estrela do cinema, Jane Fonda, e se tornou senador pelo Estado da Califórnia quando suas revoluções falharam. Conhecemos Huey Newton, fundador do Partido dos Panteras Negras, juntamente com Bobby Seale, o qual se tornaria o mais ressonante símbolo da militância negra, e cujas ações violentas contribuíram para o afastamento de Horowitz da Esquerda. A autobiografia de Horowitz é um espirituoso relato sobre as implicações de suas escolhas políticas, do divórcio de seus dois casamentos até a alienação comunista de seu pai; do fim das amizades com ex-companheiros até a reconciliação com seus filhos já crescidos. Essa árdua e difícil jornada da Esquerda para a Direita fez de Horowitz o mais odiado ex-radical de sua geração. Contando sua história, ele nos forneceu não somente uma prestação de contas de sua própria transformação, mas também uma mordaz faceta de uma América radical, além de um retrato da evolução da consciência política de toda uma geração.