Mark Rowlands foi criado numa família que sempre teve cachorros grandes em casa. Já professor de filosofia, um dia ficou intrigado ao ver um anúncio expondo filhotes de lobo para venda. Os animais eram fofos, de olhos amarelos, com pais imponentes. O criador não aceitava cheque. Rowlands correu até um caixa eletrônico para sacar os 500 dólares pedidos. Nos primeiros 15 minutos em seu novo lar, o filhote Brenin, de seis semanas, destruiu as cortinas e o sistema de ar-condicionado central. Mais 500 dólares foram gastos. Assim, ficou clara a necessidade de treinar Brenin para conviver com seres humanos -- e de levá-lo consigo a todo lugar. Na universidade, ele ficava deitado embaixo da mesa do professor. Uivava quando a aula se tornava tediosa. Roubou o almoço de uma aluna apenas uma vez. Rowlands e Brenin passaram 11 anos juntos. A intimidade dos dois, tanto física como mental, deu origem a esta autobiografia, que mescla filosofia de lobos, filosofia de humanos e observações sobre os laços entre as pessoas e os animais. Antes de morrer, na França, Brenin apreciou pain au chocolat por dias a fio, provocando no autor reflexões sobre Kant, o tempo e o "eterno retorno" de Nietzsche. Ao falar do que podemos aprender com lobos, Rowlands engrandece um livro de memórias sobre a vida com um animal,tornando-o uma obra mais profunda e marcante, um ensaio sobre o significado de um verdadeiro companheirismo.