No começo de 2001, Sebastião Salgado deu início a uma série de fotos que iriam documentar os esforços de milhões de voluntários e de duas entidades internacionais - a Organização Mundial de Saúde e o Unicef - para erradicar do planeta uma doença que vitimava então cerca de 20 milhões de pessoas: a poliomielite.
Ao longo daquele ano, Salgado registrou campanhas de vacinação na Somália, no Sudão, na Índia, na República Democrática do Congo e no Paquistão, emprestando sua premiada arte fotográfica à Campanha Mundial de Erradicação da Pólio.
Assim como em Êxodos; Outras Américas; Retratos de crianças no êxodo; Terra e Trabalhadores, todos publicados no Brasil pela Companhia das Letras, em O fim da pólio Salgado torna a unir sua estética refinada a um profundo senso ético, colocando a fotografia a serviço não apenas do debate e da discussão, mas principalmente da meta de que o mundo esteja livre da doença, como pretendem a OMS e o Unicef.
Além das fotos de Salgado, O fim da pólio tem prefácio do Secretário-Geral das Nações Unidas, Kofi Annan, e traz ainda uma cronologia do combate à doença, além de depoimentos de médicos e colaboradores da OMS e do Unicef.