Roberto Mangabeira Unger tem sido chamado “nosso filósofo nacional”. Esta tradução inédita do livro originalmente publicado em 2007 é a melhor introdução a seu pensamento revolucionário. Os projetos revolucionários que sacudiram a humanidade nos últimos 250 anos procuraram nos libertar de desigualdades e exclusões que condenam a maioria das pessoas a viver vidas pequenas. Quiseram aumentar nossa cota no atributo divino da transcendência: a capacidade de cada um de nós de ser maior do que sua circunstância. Esse poder de transformar e transcender parece, porém, fantasioso, se a realidade for aquela que a ciência moderna e grande parte da filosofia moderna descrevem: dominada por leis invariantes e determinismos inescapáveis. Teríamos de reivindicar alguma exceção milagrosa ao funcionamento normal da natureza, dentro e fora de nós. Nesta obra, Mangabeira dispensa os milagres. Em que tipo de mundo e para que tipo de pensamento – indaga ele – são o tempo real, a história aberta e o novo possível? Em que tipo de mundo e para que tipo de pensamento faz sentido preferir luta a serenidade na condução da vida? O produto desse esforço de pensamento é uma filosofia que generaliza, aprofunda, reconstrói e fundamenta o radicalismo imaginativo, rebelde e transformador que pôs o mundo de cabeça para baixo nos últimos séculos.A mensagem é universal, porém o espírito que a anima é brasileiro: o sonho de ver a grandeza – uma grandeza compartilhada – casar com a ternura.“O breve e amplamente acessível O homem despertado […] assume uma posição distinta sobre uma das grandes questões da filosofia política e desenvolve suas implicações para as dificuldades políticas de nosso tempo.” – Bruce Ackerman, professor na Yale University“Um dos únicos filósofos vivos cujo pensamento tem a dimensão dos grandes filósofos do passado.” – Times Higher Education Supplement