Em O homem que amava comidas, o cozinheiro chef internacional Luiz Fernando Escouto revela como fez para expressar todo o amor que sente por sua filha. O livro é voltado para o público infantil, por conta das animações e do breve diálogo. A obra publicada pela Editora Pandorga tem um tom bem humorado e mostra a real essência da família: o amor. Era uma vez um homem...O homem tinha uma filha...A filha amava o homem...E o homem amava comidas. Na história contada por Escouto, a menina ama seu pai, ele ama comidas, porém tem dificuldade em dizer a garota que o sentimento era recíproco. Foi quando ele teve a ideia de utilizar a cozinha como algo atrativo para a filha. Seu repertório gastronômico é vasto, prepara iguarias de diversas culturas, com ingredientes variados. A hora da refeição é o momento em que há o olho no olho, é o momento em que a gente se depara com a família em torno da mesa, o que possibilita o fortalecimento dos vínculos , explica Escouto. Na cozinha, preparava sopa de capeletti, pães de mel, saladas com hortaliças e frutas, peixes assados, carnes grelhadas, massas com ervas, sucos aromáticos, enfim comidas de diversas culturas! O livro mostra que às vezes, o amor pode ser lembrado e demonstrado através de atos, cheiros, olhares, texturas, abraços e conversas. O momento de refeição é um pretexto para nos relacionarmos e expressarmos o quanto nos amamos , diz. Por isso, o personagem ensina à filha a importância de saborear e sentir o aroma de cada alimento. Apesar das comidas serem feitas para a garota, sempre que outras crianças frequentavam a casa havia um banquete, o que as atraiam de volta para saborear as delicias que ele preparava. As comidas eram feitas para a família, mas quando as amigas e amigos de sua filha chegavam, eram convidados a comer. Eles comiam e brincavam... riam e brincavam... e voltavam a comer... Escouto é Doutor em Ciências Agronômicas pela UNESP de Botucatu, Pós-graduado em Padrões Gastronômicos pela Universidade Anhembi Morumbi e Nutrição, Dietética e Dietoterapia pela Universidad de Navarra, na Espanha. Ele também é pesquisador do GEGASTRO (Grupo de Estudos e Pesquisas em Gastronomia - UNICSUL/SP), além de ser Cozinheiro Chef Internacional e Sommelier de Vinhos e Cervejas pelo SENAC de Águas de São Pedro.Luiz escreve desde os 20 anos, mas só depois dos 30 resolveu publicar alguns de seus textos. Apesar do livro ser direcionado para o público infantil, ele tem uma leitura objetiva e agradável, o que o torna prazeroso de ser lido por pessoas de todas as idades. Também é uma excelente leitura para os pais que queiram se aproximar das crianças por meio da culinária feita em casa, ou seja, fugir dos fast foods, restaurantes e aproveitar mais os momentos em família. Os belos pratos ilustrados e a linda relação entre pai e filha descrita na obra, trazem à tona esta importância de conviver mais com quem se ama. O projeto do livro O homem que amava comidas tem uma proposta para todas as crianças inclusive aquelas que moram nos adultos , finaliza o chef de cozinha.