O princípio básico deste livro é falar sobre o pluralismo religioso que desafia o ser humano a viver de forma respeitosa com o diferente dentro de uma Igreja que possui diversas identidades discursivas na tradição reformada. Este pluralismo continua impactando as questões de gênero, feminismo, decolonização da teologia do século XXI, e essa realidade tem provocado o desejo de estudá-lo no contexto contemporâneo. A sinergia entre pluralismo e contemporaneidade é um desafio fundamental no campo da Ciência da Religião, no sentido de compreender como uma prática consolidada de forma identitária eurocêntrica protestante reformada, que tem como fundamento na cultura racional e intelectual, se propõe a proclamar o evangelho. Trata-se de uma tentativa de verificar como, em pouco mais de cem anos, o reflexo desta investida retornou para sua base com a força todas as consequências comunitárias. Uma outra justificativa de relevância gira na esfera da plena efervescência de liberdade religiosa na atual sociedade, com uma pluralidade indistinguível, em que determinadas pressões religiosas sobre o indivíduo perderam influências. Devido a este cenário, são evidentes as mudanças profundas nas práticas sociais, culturais, políticas, econômicas e na vivência religiosa dos indivíduos.