No livro procuramos entender a dinâmica do júri, e mostrar, por meio da prática e dos exemplos de grandes oradores, como os debates se desenvolvem em Plenário.
O profissional que pretende atuar no júri tem diante de si os autos do processo e a missão de convencer os 7 jurados da força de suas teses.
A tarefa torna-se uma prova de fogo. No dia do julgamento, o orador veste a beca e percorre uma estrada, muitas vezes aninhada com idealismo febril, mas formada por espontaneidades.
É uma pena que a desvalorização retórica, que a conecta com sofismas e discursos vazios, tenha diminuído o interesse pela disciplina. O interlocutor, diante de um raciocínio que considera absurdo, costuma dizer: é apenas retórica, quando na verdade, o Direito é uma arte discursiva que tem que submeter seus argumentos ao crivo e percurso dos debates.
O razoável, assim como o prudente, só surge se mostrarem firmes e superiores a uma gama de outros arrazoados e princípios.
Tudo, portanto, é retórica, e boas ideias não podem abrir mão dos argumentos e especialmente da arte de bem argumentar. O certo é que os oradores devem se atentar às lógicas dos discursos.
Ela, a lógica, não os põe a salvo dos insucessos , mas os municiam; e formam balizas que diminuem a sensação de que tudo é imprevisível e ainda está por ser feito.