Desde que foi lançado em 2016, O livro negro da nova esquerda já vendeu mais de 50 mil cópias na América Latina, e no Brasil, desde que recebeu sua primeira edição em 2018, alcançou igual fama e logo passou a figurar entre os livros mais buscados no segmento de ciência política, posto que sustentou durante anos. Agora, em sua segunda edição, a impressionante pesquisa de Nicolás Márquez e Agustín Laje sobre as falsas premissas e inconsistências metodológicas por trás do que conhecemos como “nova esquerda” ganha nova tradução, nova capa e novo fôlego editorial.
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Os velhos princípios socialistas de luta de classes, materialismo dialético, revolução proletária e violência guerrilheira foram substituídos por uma inusitada salada intelectual promotora do “indigenismo”, do “ecologismo”, dos “direitos humanos”, do “garantismo penal” da “ideologia de gênero”, do “abortismo”, do “homossexualismo ideológico” e do “feminismo radical”. Tudo isso como forma de rebelião contra o Ocidente e a “revisão heterocapitalista”.
Toda essa mistura vanguardista se abriga sob pretextos da mais nobre aparência, tais como o igualitarismo, a inclusão, a diversidade e o direito das minorias. Mas esse discurso não passa de maquiagem. O que a nova esquerda de fato fez foi cooptar uma miríade de grupos marginalizados ou insatisfeitos para costurar uma gigantesca aliança de ódio e ressentimento contra os pilares da nossa civilização.