Num raro ensaio sobre a arte da escrita, o Marquês de Sade prescrevia aos postulantes que um escritor deve "pintar os homens tais como são". Na vida e na literatura o Marquês foi coerente. Se por um lado passou a vida em prisões, pagando por crimes de licenciosidade, perversões sexuais, violência sexual etc., etc., por outro lado legou à história uma obra ampla e complexa, testemunha de seu tormento e de qualidade inquestionável. Donatien Alphonse-François, o Marquês de Sade, nasceu em Paris em 1740 e morreu no sanatório de Charenton em 1814. Escreveu, entre outros livros, Diálogo entre um padre e um moribundo (1782), Os 120 dias de Sodoma (1785), Os infortúnios da virtude (1788), La philosophie dans le boudoir (1795), Crimes do amor (1800). Este O marido complacente é uma reunião de contos escritos com exímia técnica – uma característica do Marquês – e uma amostra fiel de seu universo literário e pessoal. Historietas "A serpente" "A gasconada" "Abençoada simulação" "O rufião punido" "O bispo atolado" "O fantasma" "Os oradores provençais" "Vai assim mesmo" "O marido complacente" "Aventura incompreensível atestada por toda um província" "A flor do castanheiro" Contos e exemplos "O preceptor filósofo" "A pudica ou o encontro imprevisto" "Emília de Tourville ou a crueldade fraterna" "Augustina de Villeblanche ou o estratagema do amor" "Faça-se como requerido" "O presidente ludibriado" "Telião" "O corno de si mesmo ou a conciliação inesperada" "Há lugar para dois" "O marido castigado" "O marido padre – Conto provençal" "A castelã de Longeville ou a mulher vingada" "Os gatunos"