O autor, ao recuperar lembranças de sua vida pregressa, monta um texto instigante que tem como protagonista o ser humano e sua circunstância. É a aventura humana com as estações ciência, filosofia, literatura, comportamento, cultura, política… Essa aventura nos transporta para o mundo fascinante do conhecimento e conhecer certamente rima com prazer. O conhecimento é o bem mais precioso do mundo e aqueles que procuram cultivá-lo viajam com mais segurança. Perigoso é um pouco de conhecimento. O que vale dizer que o conhecimento deve ser abrangente. Nada é mais perigoso do que uma ideia quando é a única que você tem. Para o historiador britânico Arnold Toynbee, uma civilização sucumbe quando não encontra respostas eficazes aos desafios de sua época. Entre os objetivos deste texto, dois devem ser destacados: seduzir o leitor para mergulhar no fascinante mundo do conhecimento e proporcionar a ele ferramentas para desenvolver o pensamento crítico. Uma advertência ao leitor: a reflexão é a ruptura com ideias cristalizadas (que engessam o pensamento). O nosso grande laboratório é a vida, na qual realizamos experimentos com todos os sentimentos. A aventura humana começa com um vagido e termina com uma agonia - e precisamos ter sabedoria para desfrutar o intervalo.
Numa época de agonia da cultura, em que se cultiva o besteirol televisivo, a literatura de autoajuda, os magos e o ocultismo, a multimídia errática e o informatiquês emburrecedor deve-se encarar este livro como um desafio para pensar e repensar a vida e o mundo.