Será conveniente chamar a atenção do leitor para certos critérios invocados por alguns autores modernos que são, ou inteiramente falsos, ou, pelo menos, extremamente perigosos para os interesses da fé.O primeiro consiste em admitir, sem qualquer seleção e sem o devido cuidado, as opiniões dos chamados cientistas materialistas ou ateus, que se entregaram ou se estão entregando atualmente a experiências práticas desta natureza, em grande escala, e que manifestam as suas opiniões sem respeito algum pela filosofia cristã e pela Revelação. Para citarmos alguns dos mais conhecidos, podemos mencionar Sir William Crookes, Sir Oliver Lodge, o Reverendo William Stainton Moses, W. H. Frederick Myers e Sir Arthur Conan Doyle.Da mesma maneira seria um grave erro aceitar cegamente aqueles confusos e insignificantes sucessos que são narrados a respeito de Eusabia Palladino, Madam Piper, Madam Verrall, Madam Sidwick e semelhantes personagens. Há pessoas que não acreditam nos Santos Evangelhos nem nos Padres e Doutores da Igreja e aceitam, sem sombras de dúvida, afirmações puramente imaginárias.Mais grave ainda é o erro daqueles que pretendem que o direito de discutir os fenômenos espíritas e emitir opiniões sobre eles pertence unicamente à psicologia, e que a teologia não deve intrometer-se em tais questões. Ora, desde que o supremo juiz de toda a verdade, que é a Teologia, fosse banido do campo da investigação, nenhuma autoridade restaria para as ciências naturais nem seria possível a alguém formar um juízo seguro sobre a finalidade das descobertas físicas. Não seria uma loucura negar a necessidade da luz do sol, porque se descobriu a luz elétrica?