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Sinopse
Tácito Rolim nos navega por esta história, a base de pesquisa rigorosa em arquivos internacionais, passando primeiro pelo contexto nacional da diminuição de importância estratégica da América Latina no pós-guerra. Através desta leitura, aprendemos que, enquanto durante a Segunda Guerra Mundial o Brasil e outros países latino-americanos tiveram importância estratégica para os Estados Unidos, no sentido de prover bases militares e matéria-prima estratégica, durante a Guerra Fria o Brasil não teve mais essa importância estratégica imediata e insubstituível, diminuindo assim o poder da barganha.
Mesmo assim, o governo brasileiro conseguiu tirar proveito do interesse dos norte-americanos no arquipélago de Fernando de Noronha, cedendo-o para a construção de uma estação de rastreio de mísseis e foguetes teleguiados. Em troca, o Brasil exigiu – e através de intensas negociações, conseguiu – empréstimos e melhorias na infraestrutura militar e no material bélico. A importância estratégica do Brasil – ou mesmo do Nordeste brasileiro – de novo foi geográfica: a sua localização permitiu rastrear os misseis ICBM lançados do Cabo Canaveral. No final, o que permitiu a participação do Brasil na “Guerra Fria” não foi a ideologia, nem a política, senão um apoio no conjunto nuclear. Este momento no qual o uso de Fernando de Noronha foi indispensável, que Rolim chama de “renascimento estratégico”, foi o único momento durante a Guerra Fria em que o Brasil teve poder de barganha por causa de importância estratégica.
Tácito Rolim nos mostra que a “Guerra Fria” não se define apenas pelo antagonismo político e ideológico mas também pela criação de armas nucleares tão poderosas que podem realizar a autodestruição da raça humana. A partir desta constatação, cria uma nova abordagem – chamada de “abordagem nuclear” – que incorpora o antagonismo político e ideológico com outros fatores relevantes para a análise: “o medo, a angústia e o receio” do possível uso das armas nucleares, do poder de autodestruição humana.
Assim, Rolim nos mostra a importância de desdobrar as relações e articulações entre conjuntos históricos globais, como a chamada “Era Atômica” e a “Guerra Fria”, e nos ensina a importância de prestar atenção não apenas nas ações de governos nacionais, mas também no contexto de localidades específicas.
Courtney J. Campbell
University of Birmingham
O livro, resultado de suas pesquisas no doutorado, trata das relações entre Brasil e Estados Unidos entre o final da Segunda Guerra Mundial e durante os anos 1950. O leitor interessado na Guerra Fria e o lugar do Brasil no conflito vai se deparar com ideias originais e inovadoras. Tácito compreende a Guerra Fria como período de continuado e acirrado conflito político e ideológico entre os Estados Unidos e a União Soviética desde o final da Segunda Guerra Mundial. Mas ele inova a análise. Aos componentes políticos e ideológicos da Guerra Fria, ele agrega elementos tecnológicos que tornaram fria a guerra, impedindo a eclosão do próprio conflito que destruiria a humanidade. Tácito compreende a Guerra Fria como conflito entre capitalismo e comunismo, mas que não está dissociado de repertório tecnológico, como bombas termonucleares e mísseis balísticos intercontinentais. Os dois componentes congregam o que ele chama de abordagem nuclear.
Jorge Ferreira
Professor Titular aposentado de História do Brasil da Universidade Federal Fluminense
Ficha Técnica
Especificações
ISBN | 9786559052837 |
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Subtítulo | O BRASIL E A “GUERRA FRIA” (1945-60) |
Pré venda | Não |
Peso | 450g |
Autor para link | ROLIM TÁCITO |
Livro disponível - pronta entrega | Sim |
Dimensões | 23 x 15.5 x 1 |
Idioma | Português |
Tipo item | Livro Nacional |
Número de páginas | 312 |
Número da edição | 1ª EDIÇÃO - 2022 |
Código Interno | 985552 |
Código de barras | 9786559052837 |
Acabamento | BROCHURA |
Autor | ROLIM, TÁCITO |
Editora | 7 LETRAS |
Sob encomenda | Não |