“Em seu extraordinário O murmúrio do mundo, Almeida Faria torna palpáveis – tanto através de sua própria puríssima prosa quanto através de citações de outros navegantes, aéreos ou marítimos – a estranheza e o esplendor, a riqueza e a paupérie, a realidade e o encanto que há séculos espantam e fascinam os viajantes, cronistas, visitantes, filósofos e ficcionistas que viram ou pensaram as Índias outrora ditas Orientais.” —Antonio Cicero “A Índia de Almeida Faria não é apenas um país, ou mesmo uma parte mítica da história de Portugal: é uma espécie de duplo da literatura. Mundo de perguntas, de visões inquietantes, de murmúrios que não se fecham em palavras, universo luminoso, mas impreciso, ela é uma metáfora perfeita para a própria ficção.” —José Castello “Como que inspirado pelos escritos de Antonin Artaud sobre o teatro de Bali, Almeida Faria retira os olhos do vasto cenário panorâmico e os sentidos da dispersão transcontinental para concentrá-los no palco do teatro malabar Kathakali. O murmúrio do mundo segrega a originalidade e a grandeza que busca.” —Silviano Santiago "O seu Requiem, menos pelo império havido que pelo império perdido e, por perdido, mais sublimado que o de Camões, é o triunfo puro da ficção. E o regresso de um grande romancista ao prazer, sem melancolia, da ficção." —Eduardo Lourenço (Prefácio)