O livro O Museu da Menopausa (A entrevistada) é como a mensagem colocada numa garrafa e atirada nas ondas da menopausa. E que, ao ser descoberta, desenrola-se numa cômica entrevista com a participação do telespectador. As palavras da protagonista, Mrs. Claudette Di Pasquale, iluminam a verdade como a barata no leque sobre o que às vezes faz-se crer ser mentira. Ou uma onda a mais sobre tantas outras. Ao escrever esta ficção teatral em cinco etapas, O Museu da Menopausa (A entrevistada), luCastro quis checar o que existe de positivo sobre a chamada Grande Mudança. Para tal intento, ergueu, com palavras, o busto da protagonista, Mrs. Claudette Di Pasquale. Após dar vida ao seu palavreado, apostou nele, o leitor, para ter a oportunidade de ler a mente da personagem criada em cena. E daí, com ela, penetrar no mundo da menopausa, desmistificando o humor, o tabu, o vexame de tocar num assunto antes reservado tão só às mulheres. Com a visão fincada na fundação do museu do seu intento, a personagem dá mais de si do que a sua própria entrevista, na qual também entra em cena a andropausa, ou seja, a menopausa masculina. A transparência da atuação de Mrs. Claudette Di Pasquale a torna triunfante frente à Grande Mudança e ao avanço da idade correlacionada. Com isso, o telespectador torna-se coparticipante da sua entrevista.