O livro que o leitor tem em mãos é uma reunião de artigos do filósofo italiano Stefano Fontana, escritos nos últimos anos para o jornal católico La Nuova Bussola Quotidiana e para o Observatório Internacional Cardeal Van Thuân (criado para promover a Doutrina Social da Igreja em nível internacional). Eles versam, sobretudo, sobre os maiores desafios enfrentados pelos católicos na história recente — globalismo, controle sanitário e populacional, ecologismo, diálogo interreligioso, constituição da família etc. — e sobre as respostas que a Igreja tem dado a estas questões. Quais são as consequências das principais mudanças ocorridas nos últimos anos, dentro e fora da Igreja? O fiel que queira assumir a responsabilidade de compreender a si e a sua circunstância terá que lidar com uma situação que já foi definida por muitos como pós-cristã, mas que em muitos casos seria melhor considerada como anticristã. Esta direção antagônica assume cada vez mais as feições de um novo totalitarismo e impõe a prática de atos que são contrários aos princípios inegociáveis — a defesa da vida desde a concepção até a morte natural, o reconhecimento e a promoção da família natural, e a tutela do direito dos pais de educar os filhos de acordo com as próprias convicções. Trata-se, portanto, segundo o filósofo italiano, de um novo imperativo — a obrigação de fazer o mal.