Em O paradoxo sexual, Susan Pinker acrescenta um novo e importante elemento à polêmica discussão sobre a diferença entre os sexos: a biologia.
Depois de décadas de movimentos feministas, mudanças nas leis trabalhistas e crescente ocupação de cargos de liderança por mulheres, por que os homens continuam ganhando salários mais altos e têm os melhores empregos. Quais as principais diferenças de comportamento entre os gêneros no mercado de trabalho, suas conseqüências diretas e indiretas e, principalmente, o que explica que homens e mulheres tenham prioridades, atitudes e raciocínio tão distintos?
Durante anos de pesquisa e clinica, a psicóloga canadense buscou uma resposta para as questões que norteiam especificamente os sexos masculino e feminino, no campo profissional, e suas conseqüências. Segundo a autora, os homens são mais propensos a ficar doentes, a se machucar e a apresentar disfunções de desenvolvimento e problemas psicológicos. As mulheres são mais saudáveis e demonstram maior capacidade de estabelecer vínculos afetivos, o que lhes confere benefícios cognitivos. Essas características explicam por que, durante o período escolar, as meninas saem na frente. Porém, essa “vantagem” não perdura, pois novos fatores entram em ação na idade adulta. Frequentemente, mulheres competentes e talentosas optam por assumir cargos de menor responsabilidade ou preferem trabalhar durante meio expediente para dar atenção aos filhos e à família. Os homens, por outro lado, são competitivos e preocupam-se com a carreira.