Primeiro livro de uma trilogia chamada The Fourth Realm (O Quarto Reinado), O Peregrino impressionou os críticos. O romance é rico em detalhes e todas as informações parecem cuidadosamente pesquisadas. A narrativa, uma mistura de thriller e fantasia, gira em torno de Gabriel e Michael Corrigan, dois irmãos que vivem em Los Angeles e cresceram ouvindo histórias sobre os Peregrinos, um grupo de seres iluminados, do qual o pai deles fazia parte, com o poder de alterar a percepção da realidade. Os irmãos, que possivelmente herdaram os dons do pai, sempre viveram de modo que não pudessem ser rastreados, ou seja, invisíveis perante os intricados sistemas de vigilância que monitoram as pessoas no mundo moderno. Em Londres, uma jovem e atraente designer tenta levar uma vida normal. Maya prefere ignorar o fato de que descende de uma longa linhagem de Arlequins, guerreiros cuja missão é proteger os Peregrinos a qualquer custo. Os planos de Maya, no entanto, são interrompidos quando ela descobre que dois Peregrinos foram encontrados na Califórnia e que suas vidas estão em risco. Apesar de relutante em se deixar arrastar para a vida destrutiva e solitária de seus ancestrais, ela foi treinada para lutar desde criança. Mercenários a serviço da Tábula, uma misteriosa organização determinada a pôr ordem no mundo, controlando em segredo a população, estão à procura dos irmãos Corrigan. Os membros da Tábula temem que o poder dos Peregrinos possa colocar o trabalho da corporação em risco, e durante gerações têm se dedicado a exterminar os que ousam se interpor entre eles e a desavisada população. Fantasioso demais? Talvez. Mas o autor é um ótimo contador de histórias e faz dessa luta extraordinária do bem contra o mal algo totalmente crível. O ritmo é acelerado, os personagens instigantes e memoráveis. O peregrino vai além para nos dar novos insights sobre nosso passado e o modo como escolhemos viver nossas vidas.