Em 1943, a família do jovem Max Carver muda-se para um vilarejo no litoral, por decisão do pai, um relojoeiro e inventor. Porém, a nova casa dos Carver está cercada de mistérios. Atrás do imóvel, Max descobre um jardim abandonado, contendo uma estranha estátua e símbolos desconhecidos. Os novos moradores se sentem cada vez mais ansiosos: a irmã de Max, Alicia, tem sonhos perturbadores, enquanto a outra irmã, Irina, ouve vozes que sussurram para ela de um velho armário. Com a ajuda de Roland, um novo amigo, Max também descobre os restos de um barco que afundou há muitos anos, numa terrível tempestade. Todos a bordo morreram na ocasião, menos um homem - um engenheiro que construiu o farol no fim da praia. Enquanto os adolescentes exploram o naufrágio, investigam os mistérios e vivem um primeiro amor, um diabólico personagem surge na trama. Trata-se do Príncipe da Névoa, um ser capaz de conceder desejos a uma pessoa, ainda que, em troca, cobre um preço demasiadamente alto. Escrito na década de 1990 por um dos mais célebres autores espanhóis da atualidade, O príncipe da névoa marcou a estreia literária de Zafón. “Na verdade, quando era adolescente não costumava ler romances catalogados como ‘juvenis’. No caso de O Príncipe da névoa, na falta de outras referências, resolvi escrever um romance que teria gostado de ler quando tinha 13, 14 anos, mas que continuasse a me interessar também aos 23, 43 ou 83 anos”, explica o escritor em entrevista concedida para a imprensa espanhola. O Príncipe da Névoa é o primeiro de uma série de romances “juvenis”, que inclui também O palácio de meia-noite e As luzes de setembro, que serão editados em 2013 no Brasil pelo selo Suma de Letras, além de Marina, já disponível no mercado nacional. “Escrevi estes livros alguns anos antes da publicação de A sombra do vento. Alguns leitores mais maduros, levados pela popularidade deste último, talvez se sintam tentados a explorar essas histórias de mistério e aventura. Espero também que alguns leitores novos possam, caso apreciem a história, iniciar suas próprias aventuras na leitura pela vida afora”, avalia Zafón.