O que é história cultural?
A pergunta, formulada há mais de um século, até hoje não obteve resposta satisfatória. Sem a pretensão de esgotar um tema tão complexo, o autor procura explicar a emergência, a partir da década de 1970, dos aspectos culturais do comportamento humano como centro privilegiado do conhecimento histórico, o que ele chama de virada cultural.Esse modo de compreender a história resultou em um certo abandono dos esquemas teóricos generalizantes, com a valorização de grupos particulares, em locais e períodos específicos.
Assim, surgiram trabalhos sobre gênero, minorias étnicas e religiosas, hábitos e costumes, incorporando metodologias e conceitos de outras disciplinas. Burke é um historiador cultural que põe em prática algumas das diferentes abordagens discutidas nesse livro como a recusa do conceito de civilização, a expansão da ideia de cultura e a concepção da história como narrativa. São tratadas, em ordem cronológica, as principais formas pelas quais a história cultural foi e ainda é escrita, com especial atenção para as tradições comuns aos atuais historiadores, assim como para seus conflitos e debates.
Ao final do volume, o autor apresenta uma lista de obras que marcaram o desenvolvimento da disciplina e sugestões de leitura sobre o tema. Peter Burke é o principal historiador cultural da nossa geração, e esta obra mostra por quê. Com sutileza de pensamento, elegância de expressão e assombrosa erudição, ele nos oferece uma série de conversas sobre como os historiadores tentaram entender práticas significantes no passado...
Nesse campo em expansão veloz, ninguém pode prescindir desse livro. Jay Winter , Universidade de Yale.
Peter Burke acrescenta outro livro importante à sua obra sobre o ofício de historiador. A história cultural aparece aqui nas suas variadas formas, desde suas origens no século XIX, deslocando-se na relação com a história social, a antropologia e a literatura.
"Um livro lúcido, que irá deliciar quem deseja saber o que os historiadores contemporâneos fazem e que rumo eles podem tomar." Natalie Zemon Davis, Universidade de Toronto