Gilberto Steemburgo reverencia o passado nas vivências da infância e da adolescência... como experiências indispensáveis ao salutar desenvolvimento e como aprendizado, os quais nortearão os passos na vida adulta. Por isso ele diz: "É preciso ter o que recordar". Em seu "Extratos de um Tempo", que aqui é para ser entendido como partes de um todo, o autor descreve com um vocabulário simples e descontraído - como ele também o é - passagens marcantes da sua vida desde a tenra idade. Viveu o cotidiano de um pacato distrito com as tropas de gado, a estação dos trens, a praça, o cinema... e, após muitos anos, o reencontro com a cidade, quando relata as transformações ocorridas e o contraste entre duas épocas. Um dia ousou sair - quando não era comum que os jovens saíssem - do seu torrão natal para enfrentar a vida em outro Estado. Então vivenciou solidão, saudades, conflitos... mas sobreviveu... Este livro é para você que pescou, acampou, divertiu-se no pesqueiro... e, talvez como eu, tenha bebido - in natura - a água do Rio dos Sinos, e que hoje não encontra mais lugares apropriados para essas formas de lazer... Para você que sofreu - às vezes, silenciosamente - a perda do seu bicho querido, ele conhece bem a dimensão dessa dor. É para o adolescente querido - menino, menina - que sofreu ou sofre com a perda do primeiro amor... Não desespere! Aguarde pelo segundo, ou terceiro... Acredite, ele virá! Finalmente, este livro é para todos aqueles que, assim como o autor, sentem SAUDADES... Sinal de que somos sensíveis, que amamos muito as coisas boas que tivemos, vivemos... E lastimamos tê-las perdido ao longo de nossa trajetória. Boa leitura!