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    O SEXO VEGETAL

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    Sinopse

    Toda a obra de Sérgio Medeiros se pauta por uma total inadequação ao “horizonte de expectativa” da crítica e do público em geral. Fazendo poesia sem poesia, teatro sem possibilidade de encenação, operetas incantáveis, Medeiros instala a perplexidade em uma perspectiva cultural de extrema rarefação criativa como é a contemporânea. Também neste livro, fundeado na matriz antropológica, o que se vê é um deslocamento irreparável dos lugares dos discursos, tornando impossível distinguir, remeter, etiquetar e chegar a uma conclusão sobre um texto híbrido até a raiz.


    Ao contrário do “sexo animal”, tão propalado na ficção televisiva e cinematográfica, o sexo vegetal não propõe uma analogia da atividade de humanos com as forças da natureza, mas uma outra vida autônoma das coisas que às vezes inclui, ou como meros espectadores ou co-adjuvantes eventuais, os desnorteados e dispensáveis bípedes pensantes. O 
    homo sapiens
     entra aqui apenas como aquele que reflete – espelho – ou se reflete sobre essa vida maior das coisas ou, ainda, como escrivão de suas vontades (
    wills
    ) que, à maneira do Bartleby de Melville, tem como única prerrogativa escudar-se no “
    i´d rather not
    ”.


    Sérgio Medeiros preferiria não, e faz sim, um inventário lacunar e precário de nossa insuficiência diante da elaborada coreografia das formas impronunciadas de ser. 


    Myriam Ávila



    O potencial erótico [dessa ontologia] é imenso: alarga as fronteiras daquilo que é comumente considerado atividade sexual humana e permite erotizar plantas e árvores. Por exemplo.



    Quando um mito traz à tona cosmogonias e cosmologias refere fatalmente uma atividade sexual desenfreada.



    Sérgio Medeiros



    Sobre o livro anterior de Sérgio Medeiros, 
    Alongamento 
    (2004), escreveu Marcelo Coelho, na 
    Folha
    : “(...) é um dos mais bonitos e desconcertantes livros que li ultimamente”.



    Seu livro de estréia, 
    Mais ou menos do que dois 
    (2001), mereceu de Aurora Bernardini, na revista 
    Cult
    , o seguinte comentário: “Dentro da literatura brasileira atual, o livro se propõe a ritualizar o texto e não apenas a narrar uma história.” Ainda sobre esse mesmo trabalho, Noemi Jaffe, na 
    Folha
    , disse: “É como um daqueles livros-cinema de antigamente, feitos para serem folheados, e como se o sentido se construísse ao longo das páginas, e não em cada página separada.”

    Ficha Técnica

    Especificações

    ISBN9788573213096
    Pré vendaNão
    Biografia do autorSérgio Luiz Rodrigues Medeiros é um poeta, artista visual, dramaturgo, ficcionista, ensaísta, tradutor e professor brasileiro. Ganhou o Prêmio Literário Biblioteca Nacional 2017 na categoria Poesia, com a obra A idolatria poética ou a febre de imagens.
    Peso176g
    Autor para link
    Livro disponível - pronta entregaSim
    Dimensões19 x 14 x 0.5
    IdiomaPortuguês
    Tipo itemLivro Nacional
    Número de páginas96
    Número da edição1ª EDIÇÃO - 2009
    Código Interno590054
    Código de barras9788573213096
    AcabamentoBROCHURA
    AutorMEDEIROS, SÉRGIO
    EditoraILUMINURAS
    Sob encomendaNão

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