O SILÊNCIO - NA TEORIA E NA PRÁTICA PSICANALÍTICA

"Na teoria psicanalítica, com o crescente interesse pela compreensão da comunicação verbal entre analista e analisando, o silêncio passou progressivamente a ter um estatuto de cidadania com ampla variação de significados e com uma dupla face: se, por um lado, é um fenómeno de grande importância clínica, por outro lado, é a derradeira manifestação da vida psíquica. Assim, se o silêncio exprime a estrutura densa e compacta, sem ruído nem palavra, do nosso próprio inconsciente, exprime também a forma de comunicação original no plano da identificação fusional. Por consequência, é possível referir uma psicologia própria do silêncio."