A idéia de sustentabilidade dos recursos naturais sintetiza a compreensão de como diferentes disciplinas nos ajudam, de maneira articulada, a conhecer a pluralidade dos ativos ambientais. Isto é relevante porque – hoje sabemos – o homem, no decorrer dos tempos. tem se apropriado excessivamente (e quase sempre sem critérios) dos bens naturais, provocando-lhes degradação muitas vezes irreversível. No entanto, diversos estudos comprovaram que é possivel deter ou minimizar as perdas que o meio ambiente tem sofri- do. O mundo tomou consciência das atrocidades que o homem vem causando à natureza por intermédio do relatório Meadows e do Conferência de Estocolmo (1968 e 1972). A partir de então, o paradigma do sustentabilidade – criado por Ignacy Sachs – postula que não somente as gerações presentes têm direitos em relação ao meio ambiente, mas as próximas também os têm. Esta linha de pensamento enfatiza o valor econômico dos ativos naturais no contexto da biodiversidade. É o enfoque deste livro, que procura quanti- ficar as intervenções no meio ambiente segundo a ótica da sustentabilidade biológica e ecológica, destacando os aspectos econômicos da questão e a importância dessa valoração como estratégia de defesa do capital natural – além, naturalmente, de operar como subsídio à gestão ambiental.