Com o objetivo de aprimorar teoricamente o confronto entre Heidegger e Lukács, Ontologia nos extremos realiza uma leitura cuidadosa dos textos destes dois importantes autores da filosofia do século XX. O texto aqui oferecido ao leitor alinha-se à tradição marxista, que, em sua expressão autêntica, traz tanto um posicionamento político quanto um tratamento cuidadoso do objeto analisado. Em tempos em que muitos procuram desacreditar o marxismo no campo filosófico, a obra procura expressar a atualidade e o rigor da teorização lukacsiana. Isto se dá no embate com uma dos pensadores de maior expressão no século XX, Heidegger. O combate no campo da filosofia traz consigo a prova de que o marxismo tem vigor na batalha das ideias, não obstante o contrário seja propagandeado pelos autores e teóricos da moda. Se o autor de Ser e tempo pode ser considerado um dos grandes pensadores do século XX, o mesmo vale para György Lukács. Os dois autores colocam-se em posições contrapostas, podendo o leitor, com o auxílio deste livro, transcorrer os meandros e as mediações do legado ontológico destes pensadores. Muito embora Ontologia nos extremos passe por autores do século passado, lança-se luz sobre nosso tempo e alguns dos maiores dilemas dele, como o estranhamento e o modo de produção capitalista.