A intenção do autor ao escrever este livro é "levar você a refletir sobre seus paradigmas e suas narrativas sobre oração", e ele faz isso não como alguém que julga ter todas as respostas, mas como alguém que está no caminho e deseja partilhar com todas as pessoas a beleza e a importância deste caminho. Aliás, o autor não se propõe a responder a todas as questões sobre oração, mas inspirar, encorajar e orientar para que o discípulo de Jesus desfrute desta dádiva: a presença de Deus conosco. Creio que há muitos motivos pelos quais você deve ler e saborear este livro. Em primeiro lugar ele foi escrito por alguém que realmente prioriza oração como a prática central da sua própria espiritualidade; é alguém que realmente ora e que é apaixonado pela oração. Neste sentido, é alguém que fala de experiência vivida. Em segundo lugar a obra brota de um coração essencialmente paternal, com uma profunda preocupação pastoral. Pezini é pastor de ovelhas e pastor de pastores. Ele realmente está engajado na missão de levar as pessoas a um relacionamento mais estreito com Deus, de levá-las a novamente se apaixonarem por Deus. O título do livro denuncia essa intenção: não pretende trazer mais informações sobre oração, mas que seja uma experiência de uma transformação espiritual. Em terceiro lugar, é uma obra profundamente teológica, acadêmica, mas uma teologia bíblica e histórica que brota de uma busca disciplinada e dedicada pela realidade da oração (ele é um disciplinado e dedicado leitor das Escrituras e dos livros). Mas é também uma busca afetiva, do coração, pessoal e relacional (ele é um orante que prioriza a prática diária da oração pessoal). Embora sua preocupação não seja acadêmica, você perceberá ao longo do livro o substancial aporte que o autor faz da melhor referência teológica sobre o assunto. Quem conhece o autor pode "quase ouvir sua voz" ao ler o livro: ele escreve como fala. Penso que essa característica é fruto de centenas de milhares de horas investidas ao longo de