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    ORESTEIA II

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    Sinopse

    Coéforas
    : “portadoras de libações funerárias”.



    Que têm em comum a vida e a morte, os vivos e os mortos, que os une de modo inextricável? A unidade que os une é similar à inesperada e espantosa unidade que se observa entre ser e não-ser, unidade que no 
    Sofista
     de Platão se impõe como condição necessária à captura conceitual do sofista.


    Similar não é idêntico. Idêntico é o mesmo, em qualquer sentido; similar é, ao mesmo tempo, idêntico e diferente, o mesmo e outro. Mas o que há de idêntico, nessa similaridade entre o que se vê nesta tragédia de Ésquilo e o que se lê nesse diálogo filosófico de Platão?


    Admitida a hipótese da correlação entre a noção mítica de 
    Theoí
     (“Deuses”) e a noção filosófica de 
    idéai/eíde 
    (“idéias”/”formas inteligíveis”), aos Deuses Olímpios pertencem os diversos domínios do ser, por partilha de Zeus e por participação em Zeus; aos Deuses ctônios, filhos sombrios da Noite imortal, pertencem os diversos domínios da negação de ser e da privação de presença.


    Que unidade os une? Eis o que se põe em aporética questão e assim se mostra em cena terrível e sublime, nesta tragédia.

    Interpelado por Apolo em diversas circunstâncias, e em Delfos pela voz do oráculo, a Orestes é o dever filial mesmo que impõe de modo irrecusável a exe­cução da pena de morte contra a sua própria mãe.


    Os caminhos a serem percorridos por Orestes nessa aporia existencial mostram o nexo necessário, múltiplo e ininterrupto entre os diversos domínios de 
    Phoîbos Apóllon
    , o Deus profeta de Zeus em Delfos, e os não menos diversos domínios das sombrias e subterrâneas Erínies, Deusas filhas da Noite imortal.


     



    Jaa Torrano é professor de Língua e Literatura Grega na Universidade de São Paulo. Publicou 
    O sentido de Zeus: o mito do mundo e o modo mítico de ser no mundo 
    (São Paulo, Iluminuras, 1996), HESÍODO: 
    Teogonia: a origem dos Deuses 
    (São Paulo, Iluminuras, 5ª ed., 2003), ÉSQUILO: 
    Prometeu prisioneiro 
    (São Paulo, Roswitha Kempf, 1985), EURÍPIDES: 
    Medéia 
    (São Paulo, Hucitec, 1991), EURÍPIDES: 
    Bacas: o mito de Dioniso
     (
    id. ib.
     1995).

    Ficha Técnica

    Especificações

    ISBN9788573212051
    Tradutor para link
    SubtítuloCOÉFORAS
    Biografia do autorÉsquilo foi um dramaturgo da Grécia Antiga. É reconhecido frequentemente como o pai da tragédia, e é o mais antigo dos três trágicos gregos cujas peças ainda existem.
    Pré vendaNão
    Peso212g
    Autor para link
    Livro disponível - pronta entregaSim
    Dimensões14 x 21 x 1
    IdiomaPortuguês
    Tipo itemLivro Nacional
    Número de páginas160
    Número da edição1ª EDIÇÃO - 2020
    Código Interno113212
    Código de barras9788573212051
    AcabamentoBROCHURA
    AutorESQUILO
    EditoraILUMINURAS
    Sob encomendaNão
    TradutorTORRANO, JAA

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