Desde os anos 1960 que a biologia molecular utiliza, em abundância, metáforas tiradas da cibernética e da teoria da informação. Frequentemente estas metáforas têm por objectivo mascarar a complexidade dos fenómenos biológicos. Nesta obra, Atlan analisa-as de maneira crítica e reinterpreta-as. A teoria da informação é estendida às condições formais de criação de informação e serve, assim, para estabelecer as bases de uma teoria da auto-organização, não só em biologia como também em ciências humanas. O princípio de complexidade pelo ruído permite compreender o papel do acaso, ou Ruído desenvolvimental como factor de organização dinâmica dos sistemas complexos. A biologia pós-genoma actual redescobre a pertinência destas análises e das aplicações deste princípio, sobretudo em fisiologia celular, em imunologia e nas neurociências. Esta obra de Atlan é já considerada um clássico no domínio da aplicação da teoria da informação e da cibernética ao domínio da biologia e, por extensão, das ciências humanas.