A dra. Dorli é daquelas pessoas que parecem não envelhecer nunca: consegue ter uma aparência cuidada e despojada ao mesmo tempo. Seu semblante é sempre iluminado por bons pensamentos ou palavras e, longe de ser uma otimista romântica, é uma profissional extremamente pé no chão, capaz de habilitar a encontrar o rumo até mesmo o mais perdido de seus pacientes. O relato dos casos aqui contidos é apenas uma fresta entreaberta de uma porta de acesso para um mundo onde é permitido se reencontrar. Onde é possível olhar a imagem do espelho e fazê-la harmonizar-se com aquela que temos de nós mesmos. Traçar novos rumos para nossas vidas ainda que, cronologicamente, saibamos que elas já cumpriram mais da metade de sua curva. Reescrever nossa história - e por que não? Seus estudos sobre amadurecimento e envelhecimento trazem um olhar carregado de vivências femininas fortes, entremeado por ternuras e matizes ousados. Seu entusiasmo e a infinita paciência para experimentar novos ângulos para essas questões, que tanto angustiam a maior parte das pessoas, permitem que se acredite na veracidade do ditado popular: “Antes tarde do que nunca”. Até porque, nunca é tarde e sempre vale a pena. Essa é a sensação que fica ao final da leitura deste seu primeiro livro. Claudia Matarazzo - Jornalista