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Sinopse
Octavio Paz
Os Cantos de Maldoror
e
Poesias
brilham com um fulgor incomparável: são a expressão de uma revelação total, que parece exceder as possibilidades humanas. Com ele o famoso “tudo é permitido” de Nietzsche não permaneceu platônico, pretendendo significar que a melhor regra aplicável ao espírito ainda é a orgia.
André Breton
Ele era, sem dúvida, um gênio irredutível para o mundo, e não mais desejável para o mundo do que Edgar Poe, Baudelaire, Gérard de Nerval ou Arthur Rimbaud.
Antonin Artaud
Abram Lautréamont! E aí está toda a literatura virada pelo avesso como um guarda-chuva! Fechem Lautréamont! E tudo, imediatamente, volta ao lugar...
Francis Ponge
Lautréamont, depois de morrer desconhecido aos 24 anos, em 1870, e de sua obra esperar dezessete anos para ter os primeiros leitores, tornou-se um mito, pela extraordinária ousadia e criatividade de seu texto, um exercício radical de liberdade de criação. Hoje multiplicam-se as edições de
Os Cantos de Maldoror
e da obra completa de Isidore Ducasse, celebrizado sob o pseudônimo de Conde de Lautréamont. Sua bibliografia é gigantesca, situando-o entre os escritores mais estudados e discutidos da atualidade. Ignorou a modernidade e apontou caminhos para o surrealismo e as vanguardas do século XX. Provocou fascinação e espanto em autores tão diversos como Breton, Malraux, Gide, Neruda e Ungaretti. É reconhecido como poderoso inventor, expoente dos inovadores, transgressores e poetas malditos, assim como o foram William Blake, Baudelaire, Rimbaud e Jarry.
O poeta Claudio Willer, que já havia publicado sua tradução de
Os Cantos de Maldoror,
preparou esta edição completa de Lautréamont.
Incluiu comentários, notas e um substancioso prefácio, onde enfrenta obscuridades, vencendo o desafio da interpretação do texto e os mistérios decorrentes da ausência de biografia. Mostra como os
Cantos
e
Poesias
são uma escrita do avesso, abissal e perversa, regida pela lógica da metamorfose, pois nela cada termo contém seu oposto e cada coisa implica seu contrário, aquilo que não é. Repleta de paradoxos, representa a consagração do pensamento analógico, oposto à razão dualista. Satírica e paródica, pelo modo como se apropria de outros autores, adulterando-os e invertendo-lhes o sentido, seu caráter monumental deve-se à coerência, aliada à imaginação desenfreada e transbordante. Da concepção geral, passando pelos relatos e reflexões, até o estranho vocabulário e as figuras exageradas de retórica, tudo, em seus detalhes, obedece à lógica do delírio e da negação. Por isso, não é apenas reflexão crítica sobre a literatura, mas rebelião extrema contra a sociedade e o mundo.
Ficha Técnica
Especificações
ISBN | 9788573212310 |
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Tradutor para link | WILLER CLAUDIO |
Subtítulo | POESIAS, CARTAS |
Biografia do autor | Isidore Lucien Ducasse, mais conhecido pelo pseudónimo literário de Conde de Lautréamont (Montevidéu, 4 de Abril de 1846 — Paris, 24 de Novembro de 1870) foi um poeta francês nascido no Uruguai mas que viveu a maior parte da sua vida em França. É o autor dos Cantos de Maldoror (1868) e de Poesias (1870). Isidore Lucien Ducasse teve as suas obras reeditadas em 1890 e após criticas favoráveis de autores prestigiados como Léon Bloy, ele passou a ter um público de leitores crescente, sendo ele um autor recuperado pelas geracões de escritores decadentistas, e, posteriormente aos simbolistas, foi leitura presente entre os surrealistas parisienses, do círculo de André Breton, Louis Aragón, Éluard |
Pré venda | Não |
Peso | 393g |
Autor para link | LAUTREAMONT CONDE DE,LAUTREAMONT |
Livro disponível - pronta entrega | Sim |
Dimensões | 21 x 14 x 2 |
Idioma | Português |
Tipo item | Livro Nacional |
Número de páginas | 352 |
Número da edição | 2ª EDIÇÃO - 2018 |
Código Interno | 206059 |
Código de barras | 9788573212310 |
Acabamento | BROCHURA |
Autor | LAUTREAMONT, CONDE DE | LAUTREAMONT |
Editora | ILUMINURAS |
Sob encomenda | Não |
Tradutor | WILLER, CLAUDIO |