A coragem é algo inato ou pode ser uma competência a desenvolver?
A verdade é que culturalmente somos criados e preparados para ter medo.
Da nossa natueza animal, que utiliza o medo como um mecanismo natural de defesa, às intimidações parentais que usam e abusam do "bicho-papão" e personagens afins, o medo é um denominador comum na nossa existência.
No entanto, na idade adulta é-nos exigido algo contra natura e antagónico à nossa formação: audácia!
Este é um ensaio que resulta da tentativa de explorar os fundamentos da coragem, priveligiando uma interpretação mais pragmática e menos teórico-conceptual. Fala-se de coragem e empreendorismo, abordando desde temas de interesse geral à análise de factos históricos e várias situações vivenciadas pelo autor descritas em exemplos práticos.
Ser empreendedor não depende da formação dessa discip+lina na escola, mas sim da capacidade do meio social passar valores, princípios e confiança às suas crianças e jovens, ao invés de incutir o medo e o pavor de arriscar quando chega a altura de ganharem a sua independência.
Em países nórdicos, contrapondo o exemplo latino-ibérico, os jovensa partir dos dezoito anos sentem-se envergonhados ao terem de pedir dinheiro aos pais para lazer, é costume aproveitarem as férias para trabalharem.
Em Portugal, por outro lado,confunde-se cada vez mais esta relação de dependência financeira como um estado de permanente dívida dos progenitores para com os filhos.
Este livro pretende, modestamente, ser uma fonte de inspiração para a mudança, para o contrariar desta passividade, tenta contribuir para umanova formade olhar a vida, de dar um empurrão positivo para que se crie, para que se acredite nas ideias e para que, principalmente, se ponham em prática planos de negócio.
O autor baseia-se em várias experiências que vão desde a sua actividade como executivo de topo em empresas multinacionais, até ao voluntariado que exerce no programa "Vida Nova" visando a reinserção social de indivíduos "semabrigo".