Entre a crise e a prosperidade, a paz e a guerra, os Estados Unidos emergiram em 1945 como a potência hegemônica e tornaram o Século XX, sinônimo de um Século Americano. Superpotência restante desde 1989 com a Queda do Muro de Berlim, os Estados Unidos continuam afetando de maneira profunda as relações internacionais e a política global. Seja por sua força militar e ideológica, ou por suas contradições econômicas e sociais, a nação norte-americana permanece como símbolo de esperança e sucesso, mas ao qual se impôs, de forma decisiva, a vulnerabilidade depois dos atentados terroristas de 11/09/01. Diante desta realidade, um país polarizado entre a tradição e a renovação encontra-se diante de um complexo reordenamento de forças nacionais e internacionais no qual as nações emergentes se encontram em ascensão, as potências tradicionais em crise e os temas globais, do meio ambiente, aos direitos humanos e ao comércio e à segurança em expansão. E, das Américas à Europa, atravessando a Ásia, e chegando as organizações internacionais multilaterais, pode-se perguntar, será o Século XXI, ainda, um Século Americano?