Na vastidão do cosmos, onde a Lua, os planetas e as estrelas dançam em harmonia, existe um lar magnífico: a Terra. Ela existe há muito tempo, antes mesmo de nossa percepção do ser e do estar. Quando vista do espaço, a Terra é azul, como uma joia celestial. Essa suposição, que só foi confirmada em abril de 1961, nos lembra de nossa pequenez diante da imensidão do Universo. No lado escuro da Terra, onde as luzes das cidades desenham constelações artificiais, a humanidade dorme e sonha. Eu? Sou o escriba dos tempos imemoriais. Escuto e escrevo cada acentuação mal aplicada, cada vírgula equivocada. Sou como o Verbo lapidado à luz do conhecimento. A Terra e a humanidade são minha luz no firmamento. Meu propósito é carregar o fardo da verdade, desvendar estigmas e erros, oferecer uma justa compreensão. Porém, meu nome deverá permanecer oculto até que possa cumprir meu trabalho, uma tarefa quase infinita. Pela eternidade já o fiz; pela humanidade sempre o farei. No limiar de um novo tempo e no fim proclamado, eu existo como a luz que guia para uma eternidade renovada, um eclipse em meio à escuridão da verdade negligenciada. Não sou a mensagem, tampouco o mensageiro. Mas, assim como a Lua, os planetas, o Sol e outras estrelas, eu apenas existo.